Monographs Details:
Authority:
Secco, Ricardo de S. 2004. (Euphorbiaceae) (, e ). Fl. Neotrop. Monogr. 93: 1-194. (Published by NYBG Press)
Secco, Ricardo de S. 2004.
Family:
Euphorbiaceae
Euphorbiaceae
Description:
Species Description - Árvores, raro arbustos, 1-25 m, 10-70 m. DAR Ramos pulverulentos, raro velutinos, glabrescentes, ou glabros. Folhas palmatinérveas, pecíolos 1.5-15 cm, cilíndricos, raro achatados, pulverulentos a glabros, raro velutinos; limbos 6-20 X 6-15 cm, ligeiramente deflexos, largamente ovais, orbiculares, a oval-orbiculares, raríssimo elíptico-oblongos, cartáceos, ápices arredondados, obtusos, curtamente acuminados, a acuminados, algumas vezes caudados, bases arredondadas a levemente cuneadas, glândulas arredondados 4-6, margens crenadas a serrilhado-glandulosas; faces adaxiais com nervuras impressas a levemente proeminentes, indumento de tricomas estrelados mais concentrado nas nervuras, em geral glabrescentes; faces abaxiais com nervuras discretamente proeminentes, pubescentes, esparso indumento de tricomas estrelados, especialmente nas nervuras, às vezes quase glabras, glândulas arredondadas esparsamente distribuídas na lâmina, domácias de tricomas estrelados presentes na junção da nervura principal com as secundárias, às vezes com as terciárias. Plantas masculinas com inflorescências em panículas, axilares ou terminais, 5-20 cm, flores dispostas em glomérulos bastante unidos na raque, formando aspecto espiciforme ou espaçados entre si, envolvidos por uma bráctea sagitada, pilosa externamente, glabra internamente, raque com indumento denso-tomentoso de tricomas estrelados. Flores estaminadas com pedicelos 0.5-1.5 mm, bractéolas 0.5-1 mm, lanceoladas, pilosas, botões globosos, pubescentes no ápice ou glabros; lobos do cálice 2(-3), 1-1.5 mm, ovais, côncavos, glabros; estames (6-) 8, 1-2 mm, filetes achatados, glabros. Plantas femininas com inflorescências em espigas, 3-15 cm compr., axilares ou terminais, flores isoladas, raro aos pares ou em tríades, glândula 1 na base, elíptica a lanceolada, raques densamente tomentosas, tricomas estrelados. Flores pistiladas sésseis, bractéolas 0.5-1 mm, sagitadas, levemente côncavas, pilosas externamente, glabras internamente; cálice gamossépalo, lobos 4(-5), 1-1,5 mm, sagitados, raro lanceolados, densamente tomentosos externamente, glabros internamente, ovário 1-2.5 X 1-2 mm, subgloboso a cordiforme, denso-tomentoso, 2-locular, estiletes 2, 1-30 mm, grossos (subulados) a filiformes, livres a levemente concrescidos (ca. 1 mm) na base, face externa pilosa, face interna rugosa e glabra. Fruto 0.5-1 cm diâm., elíptico, mericarpos 2 ou apenas 1 por aborto da semente, lisos, levemente rugosos no material seco, pubescentes, tricomas estrelados, glabrescentes na maturação; sementes (1-)2, 0.5-0.6 X 0.5 mm, ovais, subglobosas a elípticas, sarcotesta carnosa, vermelha ou arroxeada, levemente muricada.
Species Description - Árvores, raro arbustos, 1-25 m, 10-70 m. DAR Ramos pulverulentos, raro velutinos, glabrescentes, ou glabros. Folhas palmatinérveas, pecíolos 1.5-15 cm, cilíndricos, raro achatados, pulverulentos a glabros, raro velutinos; limbos 6-20 X 6-15 cm, ligeiramente deflexos, largamente ovais, orbiculares, a oval-orbiculares, raríssimo elíptico-oblongos, cartáceos, ápices arredondados, obtusos, curtamente acuminados, a acuminados, algumas vezes caudados, bases arredondadas a levemente cuneadas, glândulas arredondados 4-6, margens crenadas a serrilhado-glandulosas; faces adaxiais com nervuras impressas a levemente proeminentes, indumento de tricomas estrelados mais concentrado nas nervuras, em geral glabrescentes; faces abaxiais com nervuras discretamente proeminentes, pubescentes, esparso indumento de tricomas estrelados, especialmente nas nervuras, às vezes quase glabras, glândulas arredondadas esparsamente distribuídas na lâmina, domácias de tricomas estrelados presentes na junção da nervura principal com as secundárias, às vezes com as terciárias. Plantas masculinas com inflorescências em panículas, axilares ou terminais, 5-20 cm, flores dispostas em glomérulos bastante unidos na raque, formando aspecto espiciforme ou espaçados entre si, envolvidos por uma bráctea sagitada, pilosa externamente, glabra internamente, raque com indumento denso-tomentoso de tricomas estrelados. Flores estaminadas com pedicelos 0.5-1.5 mm, bractéolas 0.5-1 mm, lanceoladas, pilosas, botões globosos, pubescentes no ápice ou glabros; lobos do cálice 2(-3), 1-1.5 mm, ovais, côncavos, glabros; estames (6-) 8, 1-2 mm, filetes achatados, glabros. Plantas femininas com inflorescências em espigas, 3-15 cm compr., axilares ou terminais, flores isoladas, raro aos pares ou em tríades, glândula 1 na base, elíptica a lanceolada, raques densamente tomentosas, tricomas estrelados. Flores pistiladas sésseis, bractéolas 0.5-1 mm, sagitadas, levemente côncavas, pilosas externamente, glabras internamente; cálice gamossépalo, lobos 4(-5), 1-1,5 mm, sagitados, raro lanceolados, densamente tomentosos externamente, glabros internamente, ovário 1-2.5 X 1-2 mm, subgloboso a cordiforme, denso-tomentoso, 2-locular, estiletes 2, 1-30 mm, grossos (subulados) a filiformes, livres a levemente concrescidos (ca. 1 mm) na base, face externa pilosa, face interna rugosa e glabra. Fruto 0.5-1 cm diâm., elíptico, mericarpos 2 ou apenas 1 por aborto da semente, lisos, levemente rugosos no material seco, pubescentes, tricomas estrelados, glabrescentes na maturação; sementes (1-)2, 0.5-0.6 X 0.5 mm, ovais, subglobosas a elípticas, sarcotesta carnosa, vermelha ou arroxeada, levemente muricada.
Discussion:
Alchornea glandulosa foi descrita para o Peru e tem sido reconhecida como tendo uma distribuição geográfica que inclui o Panamá e América do Sul. As amostras coletadas no Nordeste, Centro-oeste, Sudeste e Sul do Brasil, e no Paraguai e Argentina eram identificadas como Alchornea iricurana, táxon descrito a partir de material-tipo coletado no Rio de Janeiro. A análise de grande número de espécimes herborizados, incluindo material-tipo de ambos os táxons, mostrou que A. glandulosa e A. iricurana apresentam apenas pequenas diferenças morfológicas ntre si, o que não permite mantê-las como espécies distintas e sim como subespécies, conforme será explicado a seguir.Alchomea glandulosa foi proposta por Poeppig (1841), no volume 3 da obra “Nova genera ac species plantarum,” cujo ano na página de rosto é de 1845. Entretanto, segundo Stafleu & Cowan (1983) o referido volume foi publicado em quatro datas diferentes, sendo que as páginas 17 a 32 foram publicadas em 1841. Considerando-se que a A. glandulosa está descrita na página 18, a mesma tem prioridade sobre Alchomea iricurana, que foi descrita por Casaretto (1842).Este problema da data de publicação levou autores como Smith et al. (1988) a sinonimizar A. glandulosa a A. iricurana, certamente baseando-se no ano de 1845 como a data de publicação de A. glandulosa. Anteriormente, Allem (1977), baseando-se em Stafleu (1967), registrou corretamente o ano de 1941 como sendo a data de publicação de A. glandulosa, colocando A. iricurana como sinônimo daquela, mas cometendo um lapso ao sinonimizar também A. sidifolia a A. glandulosa. Cordeiro (1992b) também salientou a prioridade de A. glandulosa sobre A. iricurana, registrando-a para o sudeste do Brasil.Após constatar-se a prioridade de A. glandulosa sobre A. iricurana, do ponto de vista nomenclatural, observou-se que os indivíduos coletados na Amazônia brasileira e extra-brasileira apresentam algumas diferenças morfológicas que os separam daqueles encontrados no Nordeste, Centro-oeste, Sudeste e Sul do Brasil, no Paraguai e Argentina. Inclusive na estampa 221 do trabalho de Poeppig (1841), vê-se claramente a ilustração de Alchomea glandulosa típica da Amazônia, com estiletes mais longos e glomérulos distribuídos espaçadamente na raque da inflorescén-cia, um pouco diferente daquela reproduzida na estampa 56, da Flora Brasiliensis, onde se vê Alchomea glandulosa subsp. iricurana, um indivíduo extraamazônico típico, com estiletes mais curtos e glomérulos distribuídos continuamente na raque da inflo-rescência, tomando um aspecto “espiciforme”. Associando a disjunção geográfica observada em A. glandulosa, aos caracteres morfológicos, preferiu-se reconhecer Alchomea glandulosa com subespécies, conforme vê-se na chave apresentada mais adiante.Müller (1866) propôs A. glandulosa var. pavoniana para o Peru. Analisando-se o tipo dessa variedade, verificou-se tratar de um sinônimo de A. glandulosa subsp. glandulosa por apresentar folhas com glândulas evidentes dispersas na lâmina e inflorescên-cia estaminada com glomérulos espaçados na raque.Pax & Hoffmann (1914) estabeleceram A. sodiroi para o Equador e A. glandulosa var. hispida para a Venezuela. Analisando as amostras desses táxons, verificou-se que ambos são sinônimos de A. glandulosa subsp. glandulosa por apresentarem características morfológicas desta subespécie, como folhas com ápices curtamente acuminados a caudados, glândulas do limbo bem evidentes, distribuídas na lâmina, inflorescências estaminadas com glomérulos mais espaçadas na raque, botões glabros e estiletes flexuosos ou dobrados.Em uma revisão atualizada da Flora do Panamá, Webster & Huft (1988) referiram A. glandulosa var. pittieri para aquele país. No presente trabalho, este táxon está sendo sinonimizado com A. glandulosa subsp. glandulosa, por apresentar as características morfológicas típicas dessa subespécie.De acordo com Webster & Huft (1988) Alchomea umboensis, espécie descrita para a Colômbia, seria uma variação de A. costaricensis. Entretanto, analisando o isótipo (MO) verificou-se que, na realidade, trata-se de A. glandulosa subsp. glandulosa, pelo fato de apresentar características morfológicas típicas desta subespécie. O próprio Croizat, em 1945, colocou anotações no holótipo, sugerindo para que fosse conferida com A. glandulosa ou A. bogotensis.Pax & Hoffmann (1914) ao estabelecerem A Ichornea iricurana f. genuina citaram vários síntipos, conforme pode ser visto nos sinônimos de A. glandulosa subsp. iricurana, entre as quais Casaretto 1233, que é o holótipo de A. iricurana.
Alchornea glandulosa foi descrita para o Peru e tem sido reconhecida como tendo uma distribuição geográfica que inclui o Panamá e América do Sul. As amostras coletadas no Nordeste, Centro-oeste, Sudeste e Sul do Brasil, e no Paraguai e Argentina eram identificadas como Alchornea iricurana, táxon descrito a partir de material-tipo coletado no Rio de Janeiro. A análise de grande número de espécimes herborizados, incluindo material-tipo de ambos os táxons, mostrou que A. glandulosa e A. iricurana apresentam apenas pequenas diferenças morfológicas ntre si, o que não permite mantê-las como espécies distintas e sim como subespécies, conforme será explicado a seguir.Alchomea glandulosa foi proposta por Poeppig (1841), no volume 3 da obra “Nova genera ac species plantarum,” cujo ano na página de rosto é de 1845. Entretanto, segundo Stafleu & Cowan (1983) o referido volume foi publicado em quatro datas diferentes, sendo que as páginas 17 a 32 foram publicadas em 1841. Considerando-se que a A. glandulosa está descrita na página 18, a mesma tem prioridade sobre Alchomea iricurana, que foi descrita por Casaretto (1842).Este problema da data de publicação levou autores como Smith et al. (1988) a sinonimizar A. glandulosa a A. iricurana, certamente baseando-se no ano de 1845 como a data de publicação de A. glandulosa. Anteriormente, Allem (1977), baseando-se em Stafleu (1967), registrou corretamente o ano de 1941 como sendo a data de publicação de A. glandulosa, colocando A. iricurana como sinônimo daquela, mas cometendo um lapso ao sinonimizar também A. sidifolia a A. glandulosa. Cordeiro (1992b) também salientou a prioridade de A. glandulosa sobre A. iricurana, registrando-a para o sudeste do Brasil.Após constatar-se a prioridade de A. glandulosa sobre A. iricurana, do ponto de vista nomenclatural, observou-se que os indivíduos coletados na Amazônia brasileira e extra-brasileira apresentam algumas diferenças morfológicas que os separam daqueles encontrados no Nordeste, Centro-oeste, Sudeste e Sul do Brasil, no Paraguai e Argentina. Inclusive na estampa 221 do trabalho de Poeppig (1841), vê-se claramente a ilustração de Alchomea glandulosa típica da Amazônia, com estiletes mais longos e glomérulos distribuídos espaçadamente na raque da inflorescén-cia, um pouco diferente daquela reproduzida na estampa 56, da Flora Brasiliensis, onde se vê Alchomea glandulosa subsp. iricurana, um indivíduo extraamazônico típico, com estiletes mais curtos e glomérulos distribuídos continuamente na raque da inflo-rescência, tomando um aspecto “espiciforme”. Associando a disjunção geográfica observada em A. glandulosa, aos caracteres morfológicos, preferiu-se reconhecer Alchomea glandulosa com subespécies, conforme vê-se na chave apresentada mais adiante.Müller (1866) propôs A. glandulosa var. pavoniana para o Peru. Analisando-se o tipo dessa variedade, verificou-se tratar de um sinônimo de A. glandulosa subsp. glandulosa por apresentar folhas com glândulas evidentes dispersas na lâmina e inflorescên-cia estaminada com glomérulos espaçados na raque.Pax & Hoffmann (1914) estabeleceram A. sodiroi para o Equador e A. glandulosa var. hispida para a Venezuela. Analisando as amostras desses táxons, verificou-se que ambos são sinônimos de A. glandulosa subsp. glandulosa por apresentarem características morfológicas desta subespécie, como folhas com ápices curtamente acuminados a caudados, glândulas do limbo bem evidentes, distribuídas na lâmina, inflorescências estaminadas com glomérulos mais espaçadas na raque, botões glabros e estiletes flexuosos ou dobrados.Em uma revisão atualizada da Flora do Panamá, Webster & Huft (1988) referiram A. glandulosa var. pittieri para aquele país. No presente trabalho, este táxon está sendo sinonimizado com A. glandulosa subsp. glandulosa, por apresentar as características morfológicas típicas dessa subespécie.De acordo com Webster & Huft (1988) Alchomea umboensis, espécie descrita para a Colômbia, seria uma variação de A. costaricensis. Entretanto, analisando o isótipo (MO) verificou-se que, na realidade, trata-se de A. glandulosa subsp. glandulosa, pelo fato de apresentar características morfológicas típicas desta subespécie. O próprio Croizat, em 1945, colocou anotações no holótipo, sugerindo para que fosse conferida com A. glandulosa ou A. bogotensis.Pax & Hoffmann (1914) ao estabelecerem A Ichornea iricurana f. genuina citaram vários síntipos, conforme pode ser visto nos sinônimos de A. glandulosa subsp. iricurana, entre as quais Casaretto 1233, que é o holótipo de A. iricurana.
Distribution:
Panama Central America| Colombia South America| Venezuela South America| Peru South America| Ecuador South America| Brazil South America| Bolivia South America| Argentina South America| Paraguay South America|
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