Peritassa campestris (Cambess.) A.C.Sm.

  • Authority

    Lombardi, Julio A. 2014. Celastraceae (Hippocrateoideae e Salacioideae). Fl. Neotrop. Monogr. 114: 1--227. (Published by NYBG Press)

  • Family

    Hippocrateaceae

  • Scientific Name

    Peritassa campestris (Cambess.) A.C.Sm.

  • Type

    Tipo: Brasil. Goiás: S.loc., s.d. (fl), A. St.-Hilaire 730 (lectótipo, P, aqui designado); St.-Hilaire 910 (síntipo, MPU [imagem vista]); A. St.-Hilaire s.n. (síntipo, MPU [imagem vista]).

  • Synonyms

    Calypso campestris Cambess., Salacia campestris Cambess. ex Walp., Peritassa adamantina Miers, Salacia campestris var. pedunculata Peyr.

  • Description

    Species Description - Arbusto, 0.3–3 m, sub-arbustos, 0.4–1.1 m, ou árvores, 3–6 m, glabros, com xilopódio; ramos novos subcilíndricos, lisos ou esparso a minutamente lenticelados, secos marrons, velhos cilíndricos, esparso lenticelados, acinzentados; córtex interno amarelo alaranjado. Folhas alternas, subopostas ou muito raro opostas; estípulas triangulares, fimbriadas na base; pecíolos (2–)6–7(–15) mm, secos amarelados ou marrons; lâminas (2–)4.1–10.2(–14.8) × (0.6–)1.1–3.4(–7.5) cm, elípticas, raro largo-elípticas, base cuneada, margem crenada, crenulada, ou obscuramente crenulada, ápice agudo, raro acuminado ou obtuso, cartáceas, secas marrom-escuras, cinza-esverdeadas ou verde-oliva na face adaxial, marrom claras, cinza-esverdeadas ou esverdeadas na abaxial, nervuras secas de cor inconspícua ou amareladas na face adaxial, amareladas na abaxial, na face adaxial secundárias proeminentes a promínulas, terciárias promínulas a planas, na abaxial secundárias proeminentes a promínulas, terciárias promínulas. Inflorescências (0.5–)0.9–1.5(–9.8) × (0.2–) 1.2–1.6(–8.5) cm, tirsóide-paniculadas, 10–120 flores, axilares; pedúnculos 0–2(–12) mm, ramos cilíndricos, opostos a alternos, verdes, brácteas fimbriadas a esparso denticuladas; estipetes florais 0.8–1.4 mm, articulados; bractéolas 2–3. Flores 2.4–3.6 mm diâm na antese, tubuliformes a campanuliformes; sépalas (1–)1.3–1.6(–1.8) × (0.9–)1.1–1.4(–1.6) mm, triangulares, erosas a fimbriadas, herbáceas, amareladas a verde-amareladas; pétalas (2–)2.2–2.6(–2.9) × (1.1–) 1.3–1.6 mm, espatuladas ou obovais, eretas, erosas a fimbriadas, mais ou menos carnosas, amarelas, amareladas, brancas, esverdeadas, ou verdes; disco 0.5–0.6 mm alt., eroso, às vezes interrompido junto aos filetes; estames 1.3–1.4 mm, amarelos a verdes, filetes 0.9–1.3 mm, anteras 0.4–0.45 × 0.35–0.4 mm, triangulares, rimosas, amarelas, laranja a vermelhas, conectivo triangular, proeminente acima das tecas; ovário 0.65–0.85 mm diâm, hemisférico a mais ou menos piramidal, mais ou menos 3-lobado, amarelo, estilete 0.4–0.6 mm, estigma pontual, amarelo, óvulos por lóculo 2. Bagas (1.2–)1.4–2.8(–3.6) × 1.1–2.5(–3.6) cm, esferóide ou elipsóide, secas pruinosas ou às vezes enegrecidas, miudamente reticuladas ou lisas, maduras amarelos, alaranjados, laranja ou laranja-esverdeadas. Sementes 1.5–1.8 × 1.2–1.6 cm.

  • Discussion

    Nomes vernaculares e usos. Bacuparí, bacuparí do campo, bacuparí do cerrado, guapicurú, guapucurú, japicurú, japicurutau, laranjinha, laranjinha do campo, manguinha, manguinha do campo, pipinha, siputá do campo, tapicurú (Brasil). Os frutos maduros são comestíveis.

    Peritassa campestris é a única espécie do gênero a apresentar, consistentemente, hábito arbustivo e folhas alternas, além de também ser restrita a áreas abertas de savanas no Brasil Central e Paraguai, ambiente onde não ocorrem outras congêneres. A única possibilidade de se confundir esta espécie seria com P. laevigata, em algumas áreas de contato entre cerrado e matas, onde esta última ocorre, em Goiás e Distrito Federal. Mas podem ser distintas pela filotaxia e hábito, além das inflorescências com ramos de eixo central evidente em P. laevigata.

    Apesar de ser espécie claramente delimitada, e facilmente reconhecível devido ao hábito e área de ocorrência, a variação no tamanho das partes florais e na forma da flor e contorno do ovário exemplificam as variações observadas em outras espécies do gênero, como Peritassa pruinosa, onde se optou por não reconhecer táxons distintos baseado somente nestas diferenças.

    Exemplares encontrados ocasionalmente apresentaram flores anormais de sépalas petalóides, talvez sinal da ação de algum patógeno galhador. As coletas citadas na descrição original por Saint-Hilaire et al. (1829), ‘Sitio do Riacho’ em Goiás e ‘Fazenda de Caxambu’, em São Paulo, não foram localizadas.

  • Distribution

    Brasil, Paraguai. Savanas, margens de florestas e de de estradas e pastagens. 200–1200 m. Flores durante todo o ano, frutos imaturos de julho a janeiro, frutos maduros em setembro e de novembro a fevereiro.

    Alto Paraná Paraguay South America| Amambay Paraguay South America| Caaguazú Paraguay South America| Canindeyú Paraguay South America| Concepción Paraguay South America| Misiones Paraguay South America| San Pedro Paraguay South America| Distrito Federal Brazil South America| Goiás Brazil South America| Maranhão Brazil South America| Mato Grosso Brazil South America| Mato Grosso do Sul Brazil South America| Minas Gerais Brazil South America| Paraná Brazil South America| Rio de Janeiro Brazil South America| São Paulo Brazil South America| Tocantins Brazil South America|