Metzgeria violacea (Ach.) Dumort.
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Authority
Costa, Denise P. da. 2008. Metzgeriaceae (Hepaticae). Fl. Neotrop. Monogr. 102: 1-169. (Published by NYBG Press)
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Family
Metzgeriaceae
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Scientific Name
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Type
Tipo. Southern South America, Tierra del Fuego, 1773, Sparrmann s.n. (holótipo, LD, n.v., isótipos BM, n.v., S, n.v.).
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Synonyms
Jungermannia violacea Ach., Metzgeria antarctic Steph., Metzgeria atramentaria Kuwah.
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Description
Species Description - Gametófito mediano, verde-claro a verde-amarelado, fortemente azulado quando seco, prostrado com ramos ascendentes (ramos gemíparos), 0,5-1,5 mm larg. Ramos adventícios ventrais comuns. Talo piano a convexo, margem revoluta, di-cotomicamente ramificado, dicotomias irregulares, de dois tipos: fortemente atenuado (ramos gemíparos), não atenuado com ápice obtuso ou truncado, com pequenas e poucas papilas mucilaginíferas. Em seção transversal lâmina uniestratificada, 10-20(-30) células larg. da costa a margem, células pequenas a grandes, planas, paredes delgadas, trigônios pequenos ou ausentes, cutícula lisa, (26-)31-54 × (18-)21-34 µm; costa em seção transversal com 2 fileiras de células epidérmicas em ambas as superficies, as vezes, apresentando 2-3 fileiras na superfície ventral, atenuado aumentando em direção ao ápice, chegando até 8 fileiras de células epidérmicas em ambas as superfícies, podendo mesmo estar ausente em certas regiões do talo (ramo gemíparo); células medulares distintas das epidérmicas, medula com 8-10 células, em 3 camadas, células de paredes delgadas. Talo uniformemente hirsuto, rizóides curtos a medianos, eretos ou flexuosos, dispostos na margem e superfície ventral da costa, ocasionalmente na superfície ventral da lâmina, podendo estar ausentes em extensas regiões, na margem uniformes (500 µm= 15-19 rizóides), l(-2) rizóides por cé1ula, (60-)80-150 µm. Talo masculino muito menor do que o feminino, lamina 6-12 células, costa com 2 filerias de células em ambas as superfícies. Gemas marginais ou na superfície ventral da costa, ocasionalmente na dorsal, células papilosas, azuladas, discóides a elípticas, fortemente côncavas, concentradas nos talos atenu-ados, formando ramos gemíparos, hirsuta, rizóides rudimentares ou curtos e eretos (6-8 células larg.). Dióico. Ramo masculino globoso a subgloboso, sem rizóides, 250-480 µm. Invólucro feminino piano, obovado, longo-cordado, densamente hirsuto, 200-340 µm. Apresenta desenvolvimento externo do invólucro feminino em talo vegetativo. Caliptra membranosa, claviforme a obpiriforme, hirsuta, rizóides eretos, dispostos pela superfície externa, concentrados no ápice, 1,6-2,2 mm compr., seção transversal 4-5 camadas de células. Seta mediana, ca. 1,0 mm compr., seção transversal 23-27 células, 15 corticais, 8-12 medulares, 4-6 diâm., células de paredes delgadas, sem trigônios, regularmente arranjadas. Cápsula globosa, valvas longas, espessamentos nodulosos conspícuos na parede externa (Tipo-3), espessamentos semianulares conspícuos na parede interna (Tipo-3). Elatérios pequenos a medianos, castanho-avermelhados, 190-380 µm compr. Esporos pequenos, castanho-avermelhados, finamente granulosos, 20-25 µm diâm.
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Discussion
O epíteto violacea destaca a coloração azul-violeta característica desta espécie e comumente observada nos espécimens de herbário.
É semelhante a M. agnewiae (veja comentários na discussão desta espécie). Segundo Evans (1923), é semelhante à M. ciliata e M. epiphylla A. Evans, dois táxons muito próximos e difíceis de separar com base nas características vegetativas. Embora não tenha observado o material-tipo de M. epiphylla (Chile, Corral, Thaxter 10a, 1905-1906, YU), pelas características do táxon, este deve ser um sinônimo de M. ciliata.So (2002) e Grolle & So (2003), examinaram di-versas coleções de M. violacea, bem como holótipo e isótipos e excluiram a espécie da Nova Zelândia, confirmando que o tipo foi coletado no sul da América do Sul, possivelmente, Terra do Fogo. -
Objects
Specimen - 01777948, Metzgeria violacea (Ach.) Dumort., Metzgeriaceae (37.0), Marchantiophyta;
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Distribution
Ampla no hemisfério sul, ocorrendo na Colômbia, Peru, Bolívia, Chile e Argentina (Kuwahara, 1986; Nieva & Schiavone, 2002; Grolle & So, 2003), aqui citada para a México, Equador e Venezuela. Ocorre sobre troncos de árvore, troncos em decomposição ou solo, desde o nível do mar até 4000 m, descendo pelos Andes (em bosque alto-andino ou subpáramo) até a Patagônia, onde ocorre entre 0-430 m.
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