Conceveiba krukoffii Steyerm.
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Authority
Secco, Ricardo de S. 2004.
(Euphorbiaceae) ( , e ). Fl. Neotrop. Monogr. 93: 1-194. (Published by NYBG Press) -
Family
Euphorbiaceae
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Scientific Name
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Type
Tipo. Brasil. Amazonas: São Paulo de Olivença., near Palmares, basin of Rio Solimões, 11 set-26 out 1936 (fr), Krukoff 8396 (holótipo, NY; isótipos, F (frag.), K, LP).
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Description
Species Description - Arbustos, arvoretas ou árvores, 3-20 m, DAP 1525 cm. Ramos pubescentes a pulverulentos, glabrescentes. Folhas peninérveas, pecíolos 2-15 cm, levemente canaliculados ou inteiros, cilíndricos, pulverulentos a pubescentes, glândulas 2 no ápice; limbos 6-27 X 3.5-15 cm, elípticos, ovais, elíptico-ovais, elíptico-obovais, ou elíptico-lanceolados, subcoriáceos a coriáceos, ápices acuminados, raro caudados, bases levemente arredondadas, margens crenado-glandulosas; faces adaxiais pubescentes na nervura principal, no restante glabras; faces abaxiais pubescentes, com delicado indumento de diminutos tricomas estrelados concentrados nas nervuras, glândulas esparsas na lâmina, domácias de tricomas estrelados (às vezes apenas pubescentes) na junção da nervura principal com as secundárias. Plantas masculinas não vistas. Plantas femininas com inflorescências em racemos, 10-16 cm, terminais, flores isoladas, raques pulverulentas. Flores pistiladas pediceladas, pedicelos 3.5-5 mm, pulverulentos, bractéolas 3 por flor, 1-1.5 mm, 1 externa, 2 internas, ovais, sagitadas, raro lanceoladas, pilosas externamente, glabras internamente, glândulas 2, laterais, na base das bractéolas; cálice dialissépalo, glândulas 410 na base, sépalas 4-5, 1-1.5(-2) mm, ovais, raro lanceoladas, quase ocultas pelas glándulas do cálice, pubescentes externamente, glabras internamente; ovário 3-4 mm, ovoide a elíptico, às vezes anguloso nas laterais, pubescente a pulverulento, raríssimo tomentoso, 2-locular, estiletes 2.4-5 mm, patentes, grossos, bífidos, concrescidos na base formando coluna de 2-3 mm compr., face externa lisa e pubescente, face interna denso-papilosa e glabra. Fruto 1,5-2 cm diâm., cápsula septícida, globoso a elíptico, raro subtrigono ou anguloso nas laterais, mericarpos 2, lisos, pubescentes; sementes (1-)2, 1-1.2 diâm., naviculares, levemente pintalgadas.
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Discussion
Conceveiba krukoffii foi descrita por Steyermark (1938), que apontou a longa coluna formada pelo concrescimento dos estiletes como a principal característica que diferenciava a espécie de Conceveiba guianensis. Macbride (1951) sugeriu que C. krukoffii poderia ser incluída em C. guianensis, considerando que a referida coluna poderia representar uma variação fenotípica de C. guianensis. Mais tarde, Jablonski (1967) colocou C. krukoffii como sinônimo de C. guianensis, considerando a coluna dos estiletes como muito variável.
Analisando-se espécimes disponíveis de C. krukoffii observou-se que a espécie apresenta características morfológicas relevantes e que a destacam de C. guianensis, como as sépalas ovais, raro lanceoladas, quase ocultas pelas glândulas do cálice, que apresentam 1-1,5 mm de comprimento; pedicelo pubescente; ovário bilocular, pubescente (raro tomentoso); estiletes 2, formando longa coluna de 2-3 mm de comprimento; e fruto em geral globoso, raro anguloso, 2 mericarpos. Outra característica importante de C. krukoffii é a distribuição geográfica restrita à região amazônica da Venezuela, Guiana Francesa e Brasil (apenas no Estado do Amazonas). A espécie também apresenta afinidade com C. terminalis, conforme se pode ver nos comentários daquela espécie.Apesar de ter sido descrita há mais de meio século e com toda a exploração botânica que vem sendo feita nos últimos tempos nos três países onde a espécie ocorre, o material coletado até o momento é muito pouco e um tanto pobre, tanto que as flores estaminadas permanecem desconhecidas. A ocorrência da espécie na Guiana Francesa é registrada pela primeira vez no presente trabalho. -
Distribution
Conceveiba krukoffii tem ocorrência restrita principalmente em áreas alagadas, como mata de várzea, mata de igapó, margens de rios, restingas, e beira de igarapés, podendo também ocorrer em mata de terra firme, caatinga, e capoeira da Venezuela, Guiana Francesa e Brasil (Estado do Amazonas), em altitudes que variam entre 100-180 m. Há registro de floração nos meses de abril e maio e de frutificação em março a maio, julho, novembro, e dezembro.
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