Dimorphandra gardneriana Tul.

  • Authority

    Freitas da Silva, Marlene. 1986. Dimorphandra (Caesalpiniaceae). Fl. Neotrop. Monogr. 44: 1-128. (Published by NYBG Press)

  • Family

    Caesalpiniaceae

  • Scientific Name

    Dimorphandra gardneriana Tul.

  • Type

    Tipo. Brasil.  Province de Piauhy : jul-set 1834-1840 (fl), Gardner 1944 (holótipo, K; isótipo, W; frag. tipo, F).

  • Synonyms

    Dimorphandra biretusa Tul.

  • Description

    Species Description - Árvore pequena a mediana, 3-5(-8) m de altura por 12 cm de diâmetro, muito raramente atingindo maior porte, 10-20 m (Rizzini, 1976), e geralmente de crescimento tortuoso; copa ampla, folhosa e elegante; casca castanho-acinzentado, rugosa; ramos jovens, pecíolos e raque das folhas acinzentado-pubescentes, depois a subglabros, glabrescentes ou perfeitamente glabros, lenticelosos. Folhas 2-pinadas, pecioladas, até 30-40 cm de comprimento, com 5-8(-9) pares de pinas primárias alternas, subopostas ou opostas; pecíolo comum até 13 cm de comprimento, subcílindrico, profunda e estreitamente canaliculado; pecíolo primário 5-10(-15) mm de comprimento; pecíolo secundário 1-2 mm de comprimento; pinas primárias com 10-20 pares de panículas secondárias altemas; panículas ovais ou oblongas, 22.5 cm de comprimento por 1-1.6 mm de largura, finamente seríceas na face inferior, na superior glabrescentes; base cordada, retusa ou obtusa; ápice emaiginado ou ligeiramente subagudo; margem inteira, plana ou apenas ligeiramente revoluta; nervuras primárias e secundárius imersas na face superior, na inferior apenas a nervura central proeminente, as demais promínulas ou inconspícuus. Inflorescência paniculado-corimbosa, 1.5-20 cm de comprimento, constituída de espigas curtas, densifloras, reunidas em pequenos corimbos longo-pedunculados, de 5-6 cm de comprimento; as espigas internas menores. Flores pequenas, amarelas ou cremes, fétidas, sésseis, 3.5 mm de comprimento, cálice glabro, 1 mm de comprimento, tubuloso, 5-laciniado no ápice; lacínias obtusas ou arredondadas, intemamente com alguns pelos; corola com cinco pétalas oblongas, espatuladas, 2 mm de comprimento, glabras em ambas as faces, reflexas na antese; estames cinco, epipétalos, 5 mm de comprimento, glabros; filetes delgados; anteras oblongas, de base sagitada, introrsas; estaminódios cinco, filiformes, longos, ápice dilatado, carnoso; ovário oblongo, fusiforme, glabro com estilete muito curto e estigma cartilaginoso, estreito. Fruto indeiscente, estipitado, 8-15 cm de comprimento, ereto na árvore, reto ou ligeiramente recurvado, fortemente pedunculado, comprimido lateralmente, superfície glabra, marrom e pouco rugosa quando maduro.

  • Discussion

    Morfologicamente, Dimorphandra gardneriana é muito parecida com D. mollis, da qual se separa logo, à primeira vista, pela forma dos folíolos, maiores e menos pilosos, com as margens menos revolutas ou, na maioria das vezes, plana e com menor número de pinas nas folhas.

    Nomes vulgares. Brasil: Favadanta, Fava-d’anta (Maranhão); Fava-d’anta (Piauí); Faveira (Ceará, Pernambuco, Minas Gerais); Favella, Barbatimã, Barbatimão (Bahia); Barbatimão, Barba-timão, Sucupira (Mato Grosso).

    Dimorphandra gardneriana e D. biretusa, ambas descritas por Tulasne (1844), foram reconhecidas como uma só especie por Bentham (1870), somente que este preferiu considerar o primeiro nome como verdadeiro, ficando o segimdo como sinônimo. Desta data em diante, não é raro encontrarem-se trabalhos que se referem a estas espécies, reconhecendo-as ainda como espécies distintas. Após examinarmos um grande número de coleções, chegamos à conclusão de que as diferenças entre as duas eram unicamente de caráter quantitative, não justificando assim a separação individual das mesmas, nem mesmo a proposição de um novo taxon dentro da referida espécie. As diferenças registradas foram: tamanho maior ou menor de folíolos, densidade maior ou menor de pelos nas diversas partes da planta, forma dos folíolos mais ou menos oblonga, ápice e base mais ou menos retusos ou obtusos, etc. Todas estas diferenças somente foram possíveis detetar após o estudo de coleções inteiras, como, por exemplo, as coleções de Eiten & Eiten 4350, onde os folíolos da base da inflorescêntia são pequenos e intensamente pilosos em relação aos mais adultos e mais afastados, os quais são maiores e visivelmente bem menos pilosos; o mesmo ocorre com a coleção de Glaziou 10681; Irwin et al. 14734 e Luetzelburg 26081. Assim sendo, preferimos admitir D. biretusa como sinônimo de D. gardneriana, conforme já havia sido feito por Bentham (1870).

    Distribution and Ecology: No Brasil, ocorre nos Estados do Pará, Maranhão, Ceará, Piauí, Pernambuco, Bahia, Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais. Fora no nosso país, foi colhida apenas uma vez na Bolívia (Fig. 31). Habita preferentemente o cerrado, o campo aberto, as galerias nas regiões xerofíticas, na flora silvestre e campestre, em altitudes que variam desde 190 m até 950 m. Colhida com flores durante quase todo o ano, com exceção dos meses de abril, junho e julho; mais freqüentemente em dezembro; com frutos, temos registro desde fevereiro a abril, junho, julho e novembro.

  • Common Names

    Favadanta, Fava-d’anta, Fava-d’anta, Faveira, Favella, Barbatimã, Barbatimão, Barbatimão, Barba-timão, sucupira

  • Distribution

    Santa Cruz Bolivia South America| Bahia Brazil South America| Ceará Brazil South America| Goiás Brazil South America| Goiás Brazil South America| Maranhão Brazil South America| Mato Grosso Brazil South America| Minas Gerais Brazil South America| Pará Brazil South America| Pernambuco Brazil South America| Piauí Brazil South America| Brazil South America|