Metzgeria subaneura Schiffn.

  • Authority

    Costa, Denise P. da. 2008. Metzgeriaceae (Hepaticae). Fl. Neotrop. Monogr. 102: 1-169. (Published by NYBG Press)

  • Family

    Metzgeriaceae

  • Scientific Name

    Metzgeria subaneura Schiffn.

  • Type

    Tipo: Brasil, Sao Paulo, Alto da Serra, 900 m, 28 maio 1901, Schiffner 200 (holótipo, W 793).

  • Description

    Species Description - Gametófito mediano, verde, prostrado, 0,5-0,7 (-1,0) mm larg. Ramos adventícios ventrais não observados. Talo piano, dicotomicamente ramificado, numerosas dicotomias regulares, de dois tipos: moderadamente atenuado formando "comos", não atenuado com ápice obtuso, com papilas mucilaginíferas. Em seção transversal lâmina uniestratificada, 8-14 células larg. da costa a margem, células grandes, hialinas, planas, paredes espessadas, trigônios conspícuos, cutícula lisa, 22-44 × 14-24 µm, margem diferenciadas, alongadas e alargadas, 50-55 × 25-30 µm; costa estreita, 2 fileiras de células epidérmicas alongadas em ambas as superfícies, dorsal e ventral (20 × 60-70 µm), podendo estar ausente em regiões do talo; células medulares distintas das epidérmicas, medula com 2-13 células, em 2-3 camadas, células de paredes espessadas. Talo esparsamente hirsuto, rizóides pequenos a medianos, eretos a flexuosos, ramificados ou não, na margem, superfície ventral da costa e da lâmina, na margem esparsos (500 µm=5-9 rizóides), 1 rizóide por célula, 60-152 µm. Gemas marginais, liguladas, lentiformes (duplamente convexa), concentradas no ápice do talo atenuado, rizóides rudimentares, curtos (4-6 células larg.). Dióico. Ramo masculino globoso a subgloboso, sem rizóides, 240-440 µm. Invólucro feminino orbicular, côncavo, emarginado, hirsuto, com poucos rizóides na margem, 150-200 µm. Caliptra carnosa, obpiriforme, hirsuta, rizóides curtos, eretos, alongados no ápice, dispostos por toda a superfície externa, 1,0-1,5 mm compr., seção transversal 6-7 camadas de células. Seta mediana, 1,0-1,2 mm compr., seção transversal ca. 27 células, 18 corticais, 9 medulares, 5 diâm., células de paredes delgadas, sem trigônios, regularmente arranjadas. Cápsula globosa, valvas com espessamentos nodulosos conspícuos na parede externa (Tipo-3), espessamentos semianulares conspícuos na parede interna (Tipo-2). Elatérios pequenos, castanho-avermelhados, 100-125 µm compr. Esporos pequenos, espinhosos, 10-20 µm diam.

  • Discussion

    O epíteto subaneura destaca a delicadeza da estrutura da costa.

    Dentre as espécies estudadas se assemelha a M. agnewiae, que difere pela costa formada por 2-3(-4) fileiras de células epidérmicas na superficie dorsal; margem com 1-2 rizóides por célula; gemas discóides, fortemente côncavas, células papulosas, azuladas, com rizóides eretos e curtos; desenvolvimento extemo do invólucro feminino em talo vegetativo.

    Segundo Schiffner & Amell (1964), é semelhante a M. albinea e M. aurantiaca. As observações realizadas não estão de acordo com a destes autores pelas características a seguir. Metzgeria albinea apresenta talo de um só tipo; margem com 2 rizóides por célula; dimorfismo sexual; gemas liguladas, com rizóides pequenos e eretos; esporos finamente granulosos. Assemelhando-se em relação a costa que pode estar ausente em parte do talo. Metzgeria aurantiaca apresenta talo de um só tipo; células da lâmina com cutícula verrucosa; dimorfismo sexual; gemas liguladas, com rizóides pequenos e eretos; esporos finamente granulosos.

    As gemas lentiformes são características desta espécie, não sendo observadas em nenhuma outra espécie estudada, considerada importante na diferenciação deste táxon em relação a outros semelhantes.

    Costa (1999), considera esta especie como vulnerável (VU), por ser endêmica do Brasil; em geral predominar em localidades de altitude elevada (serras) do sudeste/sul; ocorrer em menos de dez localidades e apresentar disjunção entre o norte e o sudeste/sul. Posicionamento, adotado também neste trabalho.

    Distribution and Ecology: (Fig. 78). Restrita ao Brasil, regiões norte (Acre), sudeste (Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo) e sul (Paraná e Rio Grande do Sul). Cresce sobre folhas ou troncos de árvores vivas, entre 100-2500 m, sendo freqüentemente encontrada como epífila em localidades de altitude acima de 900 m. Ocorre na Mata Atlântica do sudeste e sul, e na floresta amazônica, apresentando uma disjunção entre o noroeste e o sudeste/sul.

  • Distribution

    São Paulo Brazil South America| Acre Brazil South America| Espirito Santo Brazil South America| Minas Gerais Brazil South America| Paraná Brazil South America| Rio Grande do Sul Brazil South America| Rio de Janeiro Brazil South America|